quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Floresta com Araucárias


Gralha Azul
As florestas que abrigam a Araucária angustifólia, que ocupavam uma área de 200 mil quilômetros no Brasil, estão hoje reduzidas a 3% desse total. E, apesar de ser uma espécie ameaçada de extinção, ainda é explorada ilegalmente. Por isso, a APREMAVI vem propondo e defendendo medidas urgentes para retirar a araucária da rota da extinção
A floresta com araucárias, chamada cientificamente de Floresta Ombrófila Mista, é um ecossistema do Bioma da Mata Atlântica, característico da região sul do Brasil e de algumas áreas da região Sudeste, que abriga uma grande variedade de espécies, algumas das quais só são encontradas nesse ecossistema. Sua fisionomia natural é caracterizada pelo predomínio da Araucária angustifólia, uma árvore de grande porte popularmente conhecida como pinheiro-brasileiro.
Originalmente ocupava 200.000 Km2, estando presentes em 40% do território do Paraná, 30% de Santa Catarina e 25% do Rio Grande do Sul. Também ocorria em maciços descontínuos nas partes mais elevadas das Serras do Mar, Paranapiacaba, Bocaina e Mantiqueira, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e também na Argentina.

A Floresta com Araucárias é caracterizada pela presença dominante do Pinheiro Brasileiro, a araucária, árvore de tronco cilíndrico e reto, cujas copas dão um destaque especial à paisagem. A araucária chega a viver até 700 anos, alcançando diâmetros de dois metros e altura de 50 metros. No sub-bosque da floresta ocorre uma complexa e grande variedade de espécies como a canela sassafrás, a imbuia, a erva-mate e o xaxim, algumas delas endêmicas.

A qualidade da madeira, leve e sem falhas, fez com que a araucária fosse intensamente explorada, principalmente a partir do século XX. Calcula-se que entre 1930 e 1990, cerca de 100 milhões de pinheiros tenham sido derrubados. Nas décadas de 1950 a 1960, a madeira de araucária figurou no topo da lista das exportações brasileiras.

Nos últimos dois séculos, a expansão de atividades econômicas e das cidades reduziu a floresta com araucária a aproximadamente 3% de sua área original, sendo que menos de 1% dessas florestas podem ser consideradas primárias. Levantamentos feitos, em 2004, pelo PROBIO, no Paraná, registram que nesse estado existem apenas 0,8% de remanescentes em estágio avançado de regeneração, ou seja, que guardam as condições e características originais.

De forma geral, quase todos os remanescentes de araucária encontram-se hoje muito fragmentados e dispersos, o que contribui para diminuir ainda mais a variabilidade genética de suas espécies, colocando-as sob efetivo risco de extinção. E, apesar dessa situação, as ameaças continuam. A situação é agravada pela exploração ilegal de madeira e pela conversão da floresta em áreas agrícolas e reflorestamento de espécies exóticas, aumentando ainda mais o isolamento e insularização dos remanescentes.

Na Floresta com Araucárias ocorre também uma série de espécies da fauna, que hoje se encontram igualmente ameaçadas de extinção, sendo que algumas delas são endêmicas, podemos listar aqui a famosa gralha azul, o papagaio charão.

A gravidade da situação da Floresta com Araucárias, que em 2003 tinha apenas 0,2% de seu território protegido em Unidades de Conservação, fez com que uma série de instituições iniciasse um trabalho coletivo com o objetivo de reverter esse quadro.

Atendendo aos apelos da sociedade pela proteção dos remanescentes da floresta com araucária, em fevereiro de 2002, o Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, através de portaria, criou um Grupo de Trabalho que tinha como objetivo elaborar estudos e apresentar propostas de preservação dos remanescentes da floresta com araucárias no estado de Santa Catarina, inclusive indicando áreas para a criação de Unidades de Conservação.

Em junho de 2002, o GT entregou seu relatório ao MMA, recomendando uma série de medidas e indicando algumas regiões como prioritárias para a criação de Unidades de Conservação. O trabalho do GT acabou orientando e edição de novas portarias por parte do Ministério do Meio Ambiente e assumindo três grandes áreas para que fossem feitos estudos mais detalhados objetivando a criação de UCs. Em março de 2003, já na outra gestão do governo federal, a Ministra Marina Silva reeditou as portarias e criou o GT Araucárias Sul, ampliando assim o GT para a região Sul.

O GT Araucárias Sul, num amplo processo de debates e consultas, apontou as prioridades imediatas para a conservação e recuperação da Floresta com Araucárias e dos Campos Naturais associados. Entre as prioridades, o GT destacou a necessidade imediata de criação de novas Unidades de Conservação Federais, Estaduais, Municipais e Particulares e a criação de corredores ecológicos, com o objetivo de garantir a interligação e a manutenção do fluxo gênico entre os principais fragmentos.

A partir dessas prioridades, o Ministério do Meio Ambiente, criou uma Força Tarefa, que percorreu mais de 41.000 km nos estados do Paraná e Santa Catarina e envolveu mais de 40 técnicos de 16 instituições de órgãos públicos, universidades e representantes da sociedade civil organizada. Os estudos apontaram para a criação de 08 Unidades de Conservação nos dois estados estudados.

Em outubro de 2005 foram criadas em SC, a Estação Ecológica da Mata Preta e o Parque Nacional das Araucárias e em março de 2006 foram criadas no PR, a Reserva Biológica das Araucárias, a Reserva Biológica das Perobas, o Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas e o Parque Nacional dos Campos Gerais.

Todo esse processo buscando salvar da extinção a Floresta com Araucárias provocou forte reação de interesses locais, comprometidos com a degradação, que mobilizaram políticos e autoridades dos dois estados visando impedir que as medidas de proteção à floresta com araucária fossem implementadas pelo Governo Federal. Alguns representantes desses setores ainda continuam sua batalha para conseguir derrubar as últimas araucárias que restam.

É importante ressaltar que ainda há muito trabalho a ser feito. As Unidades de Conservação criadas precisam ser implantadas, áreas que ainda não foram estudas precisam de estudos para que outra UCs possam ser criadas. O importante trabalho das ONGs precisa ser fortemente apoiado. As ONGs ambientalistas têm desenvolvido um trabalho fundamental na luta pela Floresta com Araucárias, seja apoiando a realização de estudos nesse ecossistema, seja auxiliando na implantação das Unidades de Conservação e em especial trabalhando com a comunidade com ações de educação ambiental e desenvolvimento sustentável. 

Site: http://www.apremavi.org.br/institucional/


Curiosidades


Torpedo marmorata
Rainha dos choques:

A raia elétrica é o animal que mais dá choque. Nenhum outro animal carrega uma carga elétrica como a sua. Quando atacada, uma raia de 3 metros pode soltar uma carga elétrica de 220 volts. Quanto maior a raia, maior é sua carga elétrica.

Beija-flor:

O beija-flor é o único pássaro que voa para trás.

Sabiá:
O som do sabiá vem da batida veloz de suas asas. Os menores sabiás são os que batem as asas mais rapidamente chegando a até 80 batidas por segundo.

Crocodilo:
O crocodilo sempre tem novos dentes crescendo que substituem seus dentes velhos. Além disso, ele nunca consegue mover a própria língua.

Pequeninos:
Neste exato momento há mais de 100.000.000 de microorganismos alimentando-se, reproduzindo-se, nadando e depositando detritos na área em volta dos teus lábios.

Beberrão:
Um camelo consegue beber 120 litros de água em dez minutos.

Morte de Elefante:
O elefante sabe quando vai morrer e ao pressentir sua morte, separa-se de sua manada e vai para um lugar deserto.

Picada de escorpião:
Na Amazônia existe uma espécie de escorpião cuja picada causa espasmos semelhantes a choques elétricos. Durante 24 horas após a picada, a vítima sofre espasmos musculares generalizados, como se tivesse enfiado os dedos em uma tomada de 220 volts.

Mosquito:
Uma asa de mosquito se move mil vezes por segundo.

Insetos:
Cerca de 80% dos animais do planeta têm 6 pernas, isto é, são insetos. Existem mais de 800.000 espécies de insetos.

Sede de Coala:
Os coalas não bebem água, eles absorvem os líquidos das folhas de eucalipto.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

SOS Florestas: O Código Florestal em Perigo



Vivemos em uma sociedade egoísta, onde as pessoas só querem saber de adquirir mais riquezas, não compartilhando com quem tem menos.
É muito triste saber que existem pessoas que são a favor da aprovação dessa nova Versão do Código Florestal. Nunca esteve tão evidente que é de suma importância  a preservação da Flora e da Fauna. Não podemos deixar que essa lei seja aprovada, pois não é só o nosso futuro que está em jogo.

 Os governantes estão no poder para tomar descisões sobre o que é melhor para a sociedade, no entanto eles tem  aproveitado esse poder para trazer beneficios não para a população, nem para a sociedade em geral, mas sim para eles mesmos. Na minha opinião decisões como essas deveriam ser votadas pelo povo, assim como votamos para eleger nossos representantes no governo.

Muitas florestas já foram destruidas, animais foram extintos, será que já não houve destruição demais? A natureza grita de dor, será que você não vê a fúria dela?  Ela está furiosa e clama por vingança.

Se fóssemos jugados por ela, seríamos todos culpados. 

Fernanda de Paula

Perigo

Brasileiro diz não à desproteção das florestas

Brasileiro diz não à desproteção das florestas | Brasil

13 - jun - 2011 

 Pesquisa do Datafolha divulgada neste final de semana mostra que a proteção das florestas é sim levada em consideração pela população. O levantamento mostra que dos 1286 entrevistados, 62% acompanharam a votação da nova versão do Código Florestal, que foi aprovada em maio pelo plenário da Câmara e agora aguarda votação no Senado.

Mesmo os que não acompanharam a votação tinham opinião formada sobre o tema: priorizar a proteção de florestas e rios, ainda que isso prejudique a agricultura foi a alternativa escolhida por 85% dos entrevistados. “Primeiro foram os ambientalistas que disseram que o Código Florestal era uma tragédia. Depois a ciência foi contra a mudança, seguida pela OAB e pela CNBB. Agora é a própria população que rejeita o texto dos ruralistas”, afirma Márcio Astrini, responsável pela campanha de Floresta do Greenpeace Brasil...

 acesse o site do Greenpeace para saber mais sobre essa matéria.

                                         Serra do Navio

quinta-feira, 4 de novembro de 2010