sexta-feira, 16 de abril de 2010

Manguezal


Situa - se em vários pontos costa brasileira, sendo característico das regiões onde o mar se encontra com a água doce dos rios. Essa mistura de água provoca um depósito de partículas orgânicas trazidas pela água doce e a formação de uma região alagada de fundo lodoso, salobro e mal arejado, condições que limitam bastante a variedade da vegetação.

Três espécies são típicas:Rhizophora mangle (mangue - vermelho), Avicennia tomentosa (mangue - siriúba ou mangue - preto)e Laguncularia racemosa (mangue - branco). A rizófora é facilmente identificada pelas raízes - escoras, que partem de diversas alturas do caule (raízes adventícias), se ramificam no solo lodoso e ajudam na sustentação. A avicênia possui pneumatóforos, ramificações verticais das raízes que afloram do solo e recolhem o oxigênio do ar através de poros (pneumatódios).

Nos mangues vivem moluscos, vermes poliquetas, crustáceos (camarões, caranguejos, guaiamuns), peixes, aves (gaivotas, garças, socós, maçaricos, urubus, gaviões, flamingos), jacarés e mamíferos, como o guaxinim, que, com o caranguejo chama - maré, é típico desse bioma.

Alguns animais, como certos caranguejos e ostras, vivem permanentemente no mangue, mas a maioria vem do mar e passa apenas uma fase da vida no mangue, que funciona como um grande viveiro, no qual várias larvas de invertebrados marinhos e peixes se reproduzem e se desenvolvem. Os mangues servem também para amortecer o impacto das marés e para reter sedimentos trazidos pelos rios, evitando o assoreamento das prais.

Infelizmente, por causa da valorização das regiões onde geralmente estão localizados, boa parte dos mangues já desapareceu. Eles são aterrados e usados para a especulação imobiliária, poluindo os mares pelos esgotos domésticos. Os que ainda não desapareceram são atingidos por lançamentos de produtos químicos, derramamento de petróleo, pesca sem controle e exploração de madeira.

Pantanal ou Pantanal Mato - Grossense

Colhereiros

O Pantanal ou Pantanal Mato - Grossense do Sul, na bacia do rio Paraguai, entre 100 metros de altitude. Como na bacia o declive é pequeno, o escoamento dos rios é lento e, na época das chuvas (geralmente de outubro a março), cerca de dois terços do pantanal ficam alagados. Nos outros meses, os rios voltam ao curso normal e deixam várias lagoas. O solo fértil não tanato por sua composição, mas por causa do material orgânico trazido pelos rios.
Ele pode ser dividido em três áreas:



● alagadas - a vegetação de gramíneas desenvolve - se no inverno e serve de alimento para gado;

● de eventuais alagamentos - além de vegetação rasteira, apresenta arbustos e palmeiras;


● que não sofrem inundação - predomina o cerrado e, em locais mais úmidos, há espécies arbóreas da floresta tropical; esses trechos de mata não alagados servem de abrigo aos animais durante o período das cheias.


Nas lagoas a vegetais aquáticos flutuantes como o aguapé, a erva - de - santa - luzia, a elódea, a salvínia e a vitória - régia e fixos com folhas emersas como a sagitária. Entre as plantas submersas, há a cabomba e a utriculária (planta carnívora que se alimenta de invertebrados aquáticos microscópicos).


Há também extensos capinzais (que servem de pastagem para o gado), ipês, jatobás, cambarás, imbiriçus, acácias, piúvas, pequizeiros, imbaúbas, timbós, carandá e angico - vermelho.


As espécies animais são exuberantes, principalmente as aves e os peixes. Entre os mamíferos, podemos citar: a onça - parda (suçuarana) e onça - pintada; a jaguatirica; o gato - do - mato; o lobo - guará e o cachorro - vinagre, que caçam o porco - do - mato; a capivara; o cervo - do - pantanal; a anta; os preás. São encontrados também a lontra, a ariranha, o tamanduá - bandeira e o tatu - canastra.


No pantanal há a maior diversidade de aves do mundo, com mais de seiscentas espécies: garças, socós, colhereiros, tucanos, cabeças - secas, anhumas, biguás, gaivotas, araras, patos, marrecos, urubus, gaviões - reais, papagaios, periquitos, mutuns, emas, seriemas, martins - pescados e jaburus (tuiuiús, símbolos do pantanal). Entre os répteis, há o jacaré - do - pantanal, a sucuri e o sinimbu (um lagarto). Dos peixes, destacam - se o pintado, o dourado, o jaú, o pacu, o surumbi, a traíra, o lambari e a piranha.


A pecuária extensiva e a pesca são atividades econômicas dominantes na região, mas a agricultura sem controle em certos locais, com os garimpos de ouro e de diamante, tem provocado o assoreamento de alguns rios, a erosão do solo e a contaminação da fauna por agrotóxicos.


A destruição da fauna pela caça clandestina e pela pesca sem controle é um dos maiores problemas da região.

É possível planejar a pecuária e o extrativismo, além da criação de jacarés, capivaras e outros animais (o que já vem sendo feito), com a utilização controlada da maior fonte de peixes de água doce do mundo.


terça-feira, 6 de abril de 2010

Mata de araucária

 Mata de araucária


Também chamada de pinheiral ou floresta de araucárias, é um tipo de floresta de clima subtropical, que se encontra em regiões elevadas das serras do Mar e da Mantiqueira e nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, correspondendo a cerca de 15% do território brasileiro.
A espécie vegetal predominante é o pinheiro - do - paraná, cujo termo científico, Araucaria angustifolia, origina o nome desse bioma. Também há canela, imbuia, erva - mate, cedro, angico, gameleira, podocarpo e samambaiaçu.
Entre os animais, há várias espécies de insetos, de aves (como a gralha - azul e o sabiá)e de mamíferos (como o tatu),muitas das quais se alimentam do pinhão (a semente do pinhão).
Mais de 95% da mata de araucária foi devastada para a retirada de madeira e o cultivo de eucaliptos e pinheiros diferentes do pinhão - do - paraná.


Mata dos cocais

Mata dos cocais


Localizada nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, entre a floresta Amazônica e a Caatinga, a mata de cocais ou babaçuais é formada por vários tipos de palmeira: Babaçu (o principal), carnaúba, oiticica e buriti. Das sementes do babaçu extrai - se óleo, usado na culinária e na indústria, álcool, fibras e outros produtos. Da carnaúba são extraídas ceras utilizadas em produtos de polir e encerar; suas folhas são também usadas para tecelagem; e os troncos, na construção de moradias.
A mata dos cocais é desmatada para as monoculturas, o que afeta o ambiente e as pessoas que dependem da comercialização dos produtos do babaçu e da carnaúba.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pradarias (Pampas)

          pampa gaúcho


O domínio das Pradarias abrange cerca de 80 mil quilômetros quadrados e corresponde à chamada Campanha Gaúcha. A região possui relevo suavemente ondulado, na forma de colinas conhecidas como "coxilhas", recobertas por vegetação campestre. Nos topos mais planos, forma - se um tapete herbáceo ralo; nas encostas, a vegetação se torna mais densa e diversificada, enquanto ocorrem finos cordões de mata - galeria nos vales.

Em toda a região, os solos apresentam elevados teores de areia, o que os torna bastante suscetíveis aos processos erosivos. É provável que o processo de arenização tenha sido desencadeado nos períodos frios e secos do período Quaternário. Assim, uma possível explicação para a ausência de formações florestais significativas na Campanha Gaúcha pode estar em seu passado climático.

A pecuária extensiva é a principal atividade econômica regional, mas a monocultura mecanizada de trigo e soja também ocupa lugar de destaque. Essas atividades contribuem para a aceleração da erosão dos solos. Um extenso leque, que se abre na direção do sudoeste do Rio Grande do Sul, sofre intensos processos erosivos. Nessa área, surgem imensos areais em solos originalmente recobertos pela vegetação campestre.

Ecologicamente, é um bioma caracterizado por uma vegetação composta por gramíneas, plantas rasteiras e algumas árvores e arbustos encontrados próximos a cursos d'água, que não são abundantes. Comparados às florestas e às savanas, os campos têm importante contribuição na preservação da biodiversidade, principalmente por atenuar o efeito estufa e auxiliar no controle da erosão. Na parte brasileira do bioma, existem cerca de três mil espécies de plantas vasculares, sendo que aproximadamente 400 são gramíneas, como capim-mimoso, pelo menos 385 espécies de aves, como pica-paus, caturritas, anus-pretos e 90 de mamíferos terrestres, como guaxinins, veados, tatus.


Cerrado

                              ipê - do - campo


O cerrado ou campo cerrado ocupa cerca de 1,3 milhão de quilômetros quadrados do Brasil central, em parte dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais e quase todo o estado de Goiás e de Tocantins. Aparece também em São Paulo e no Paraná. Considerando as zonas esparsas no Norte, Nordeste e Sul, a extensão do cerrado atinge cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente 25% do território nacional.

O clima é quente, com períodos alternados de chuva de seca (inverno seco e verão chuvoso). A vegetação assemelha - se à da savana e, na estação seca, pode quimar espontaneamente. Por isso o fogo no cerrado parece ter um ciclo mais ou menos regular e algunmas espécies vegetais dependem dele para a reprodução e florescem apenas após uma queimada. As árvores permanecem vivas graças às raízes profundas e aos caules subterrâneos ou à presença de uma cutícula espessa, rica em súber (cortiça) no caule, que age como isolante térmico.

Além de árvores esparsas, há arbustos e gramíneas. Os caules das árvores são tortuosos, folhas coriáceas; comumente, as raízes longas atigem as reservas de água subterrânea.

Em condições naturais, o solo é muito ácido, com baixo conteúdo de cálcio e magnésio e grande quantidade de alumínio, o que dificulta a absorção de nutrientes pelas raízes. Os troncos têm aspecto recurvado e torcido porque, periodicamente, as gemas (pontos de crescimento) na ponta dos caules são destruídas pelo fogo. Com isso, as gemas laterais crescem e provocam a curvatura do caule. Durante a seca, algumas plantas perdem as folhas; outras perdem também os ramos e fica apenas o caule subterrâneo.

Entre as plantas típicas, há o barbatimão, o pau - santo, o araçá, pau - terra, a catuaba, o indaiá, o gonçalo - alves, a sucupira, a gariroba, o angico, a caviúna, o ipê - do - cerrado, a peroba - do - campo e o pequizeiro. entre as plantas herbáceas, há o capim - flexa, o capim - barba - de - bode e o cajueiro - do - campo.

Além da madeira e de produtos medicinais, outros produtos podem ser extraídos das árvores: cortiça, tanino ( extraído do barbatimão e usado para curtir couro), óleo (do pequi, fruta do pequizeiro), frutos (mangaba, jatobá, murici).

Entre mamíferos, há o tamanduá - bandeira, o tatu - bola e o tatu - canastra, característicos da América do Sul e ameaçados de extinção. São encontrados ainda o quati, o macaco - prego, o sagui, o rato - do - mato e veado - campeiro, além de carnívoros, como a onça - pintada, a suçuarana, a jaguatirica, o lobo - gurá ou guará, o cachorro - vinagre, o furão, o cangambá e o guaxinim. Entre as aves, citamos a seriema, a gralha, a asa - branca, o papagaio, a araraúna, o tucano, a coruja, o pica - pau, o urubu - rei o socó, a ema (maior ave das Américas), o gavião - preto, o gavião - carcará.

De répteis, encontram - se a jararaca, a cascavel, a jibóia, a sucuri, os lagartos, os cágados e os jabutis. Nos rios a rica variedade de peixes.

Se tratado com fertilizantes e tendo a acidez corrigida com calcário, o solo do cerrado é muito útil para a agricultura, usado principalmente para a produção de cana - de - açúcar, soja e milho e para a criação de bovinos. No entanto, o uso inadequado e o desmatamento excessivo têm levado ao esgotamento e à erosão desse solo, com risco de desertificação. A poluição por agrotóxicos, com risco predatórios e a extração de madeira também ameaçam esse ecossistema.




quinta-feira, 1 de abril de 2010

Caatinga

 
coroa - de - frade

A Caatinga ocupa aproximadamente 1 milhão de quilometros quadrados (cerca de 10% do território brasileiro) e estende - se pelos estados do Nordeste (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia) e pelo norte de Minas Gerais.

Trata - se de uma zona quente e seca, de clima semi - árido, com baixo índece pluviométrico e estações de seca prolongada. Na época das chuvas, a vegetação é verde.

No período das secas, a Caatinga não tem folhas e seu aspecto é esbranquiçado; dái o seu nome, que em tupi significa "mata branca".

A vegetação está adaptada ao clima seco (plantas xerífilas). É comum a família das cactáceas, que incluem pequenas plantas, como o quipá. Existem também plantas grandes e arborescentes, como o mandacaru, o facheiro a coroa - de - frade e o xiquexique. Destacam - se também a maniçoba, o marmeleiro, o umbuzeiro, a barriguda e os ipês. A oiticica e o juazeiro caracterizam - se por não perderem suas duras folhas na época das secas. A baraúna, o pau - ferro, o sabiá e a aroeira são exemplos da boa madeira desse ecossistema.

Não a grande variedade de espécies animais. Estão presentes alguns mamíferos, como o sagui - do - nordes, o macaco - prego, o tatupeba, o mocó (pequeno roedor), o gambá, o preá, o caititu, o veado - catingueiro e a cutia. Entre as aves, estão o carcará, a gralha - canção, a ema, a seriema e a pomba - avoante. Há também répteis como o calango, a jibóia e a cascavel e anfíbios como o sapo - cururu.

Como todos os ecossistemas brasileiros, a Caatinga também está ameaçada. Nela, o desmatamento leva rapidamente à desertificação. a construção de canais e açudes é importante porque permite regar pastos e plantções. A irrigação do solo ajudaria a aumentar a produção de milho, feijão, mandioca e algodão.

Mata Atlântica

mico - leão - dourado


Também conhecida como floresta pluvial costeira, a mata Atlântica é uma floresta tropical, de clima quente e úmido, que se estende, em fragmentos esparsos, ao longo do litoral brasileiro. Das florestas tropicais, é a que apresenta a maior diversidade de espécies do mundo.

Entre as árvores, há o jequitibá - rosa, a quaresmeira, o fedegoso, o ipê, a embaúba, a palmeira - juçara (que fornece o palmito), a canela, o jacarandá, o cedro e a peroba. No interior da floresta há grande variedade de trepadeiras, mata - paus e pteridófitas.

Na mata Atlântica vivem diversos mamíferos, muitos ameaçados de extinção: marsupiais (como o gambá e a cuíca - d' água), primatas (como o muriqui, o mico - leão, o mico - leão - dourado, o sagui - preto e o macaco - prego), guaxinis (mão - pelada), coatis, onças - pintadas, gatos - do - mato, cachorros - vinagre, suçuaranas, caxinguelês, cutias, ouriços - cacheiros, porcos - do - mato, tatus, pacas, tamanduás - mirins, capivaras, antas e preguiças. entre as aves: macuco, inhambu, patos selvagens, gaviões, mutum, saracura, tié - sangue, sanhaço, araponga e muitas espécies de beija - flor.

Os répteis são representados pelos teiús (lagartos que podem ter mais de 1 metro de comprimento), calangos, lagartixas, cágados, jabutis, jararacas, cobras - corais, surucucu, e jibóia. Além deles, existem anfíbios, peixes, e invertebrados.

Desde o início da colonização, a mata Atlântica foi o ecossistema que mais sofreu com a ação humana. A extração do pau - brasil (usando como fonte de corante vermelho para tecidos), o ciclo da cana - de - açúcar e o do café, a mineração, e extração de madeiras nobres, a pecuária, a caça predatória e a ocupação de cidades (cerca de 2/3 da população vivem em áreas originalmente ocupadas pela mata Atlântica) foram os principais fatores da devastação ecológica dessa região. Restam apenas cerca de 7%, pouco mais de 10000 Km², transformados em parques estaduais e nacionais, protegidos por lei.

Com o cerrado, a mata Atlântica é o ecossistema mais ameaçado do mundo, ao mesmo tempo que é um dos 25 hotspots ("pontos quentes", em inglês), ou seja, regiões de grande biodiversidade e ameaçadas de extinção. Ela apresenta também muitas espécies endêmicas (exclusivas desse bioma).

Floresta Amazônica

 onça - pintada ou jaguar

Essa floresta cobre a maior parte da região ao norte da América do Sul e é a maior floresta tropical pluvial do mundo, com clima quente e bastante úmido e chuvas abundantes. Como as demais florestas tropicais, a rápida reciclagem da matéria orgânica é fundamental para a manutanção da comunidade, uma vez que o solo é pobre em nutrientes.

As matas de terra firme localizam-se em regiões mais altas, onde não ocorrem inundações. As matas de igapó situam - se em terrenos baixos, próximo a rios, e, por isso, permanecem quase sempre inundadas. As matas de várzea são apenas temporariamente inundadas.

Há árvores altas, como cedro, virola, buriti, açaí, bacuri, cumaru, jatobá, seringueira e castanheira - do- pará, além de trepadeiras, como o guaraná, e grande número de epífitas. Na superficie das áreas tomadas pelas águas encontra-se a vitória - régia, vegetal com folhas circulares flutuantes, que podem chegar a 2 metros de diâmetro.

Entre os mamíferos são comuns os primatas (guariba,barrigudo e outros macacos), os carnívoros (onça - pintada ou jaguar, cachorro - vinagre, coati, furão, jaguatirica, suçuarana ou onça - parda), tamanduás (que se alimentam de cupins), preguiças (que comem brotos de mebaúba), esquilos, veados (galheiro, mateiro e cantigueiro), porcos - do - mato (queixada e caititu) e mamíferos aquáticos (peixe - boi, boto, lontra e ariranha). Há grande variedade de aves como mutuns, tucanos, araras, papagaios, jacus e pássaros. Entre os répteis, há lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes (como sucuri, jibóia, surucucu e jararaca). Existem também uma variada coleção de anfíbios (sapos, rãs e pererecas), peixes (pirarucu, tucunaré, pacu, tambaqui) e uma infinidade de invertebrados.

Além do assoreamento dos rios, a região da Amazônia vem sendo destruída por desmatamentos para ceder espaço à agricultura, pecuária e a contaminação dos rios por mercúrio dos garimpos também contribuem para a poluição e a destruição desse ecossistema.

Com a retirada da vegetação das florestas tropicais, a pequena parcela de nutrientes do solo é arrastada pela chuva. Essa retirada também dimunui a umidade da floresta, pois grande parte da água das chuvas resulta da transpiração da própria floresta, e facilita a erosão do solo.

A preservação da Amazônia é de interesse mundial, pois ela abriga a maior bidiversidade do planeta e de tantas espécies podem ser obtidas novas variedades vegetais e animais ainda mais úteis ao ser humano, cerca de 25% de todos os rémedios foram obtidos de produtos retirados das florestas tropicais. além disso, a destruição de florestas tropicais aumenta o aquecimento global do planeta, por meio do efeito estufa, e provoca outras alterações climáticas.

A exploração das florestas tropicais deve ser de forma cuidadosapara não alterar o equilíbrio ecológico. A coleta de produtos vegetais deve ser realizada nas reservas extrativas, especialmente delimitadas para isso, sem colocar em risco o ecossistema. No caso da floresta amazônica, é possível comercializar borracha, babaçu, dendê, cacau, açaí, guaraná e castanha - do - pará.
A extração de madeira deve ser feita de forma controlada e restrita, definindo - se um rodízio das regiões de extração e plantando - se novas árvores. A mineração exige planejamento mais profundo, incluindo novas técnicas não poluentes, principalmente nos garimpos de ouro, evitando a todo custo a poluição por mercúrio.


Ecossistema

Lagoa Azul Ilha Grande


O conjunto dinâmico formado, em determinada área geográfica, pelos seres vivos e seu ambiente, constitui o ecossistema.
Nos ecossistemas, ocorre intercâmbio de matéria e energia entre as partes vivas e não-vivas e, também, entre os seres vivos.
Os ecossistemas são sistemas abertos, pois estão conectados a ambientes de entrada que são fonte de energia, materias e organismos e de saída para onde fluem materias processados, organismos e energia.
A abrangência de um ecossistema é definida pelas necessidades do observador. Uma lagoa pode ser tratada como ecossistema, assim como uma vasta floresta.